domingo, 29 de janeiro de 2017

como bicho

Se sentimento é instinto evoluído
Amo-te transcendentalmente como bicho
Que sucumbe às necessidades da carne por carne
E em força ativa corre em busca de par

Além
Tal fenômeno transpassa o físico
E tal vontade ao meu corpo de mulher
Que aspira servir-te de porto
E meus olhos, lar

Irracionalmente como animal
Porém despida de tais impulsos agressivos
Adoto como destinatário do tudo sujeito ímpar sem par
Fardo de uma natureza auto destrutiva
Rezo para que seja particular







eu sei também sei que é piegas

eu sei que sou covarde
e afogo uma paixão mergulhando em outra
por medo de ir fundo demais em alguém
e, uma hora, nadar em minhas próprias lágrimas

mas, por você, eu me asfixiaria

eu sei que sou egoísta
boto lenha na fogueira
alimentando relacionamentos fugazes para assistir a brasa
canso e vou embora, deixo se estalar

mas, por você, eu me queimaria

e eu sei que é tarde demais
que palavra guardada
não rende poesia bonita
mas, afinal,
você é você
eu não conseguiria me segurar


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Buraco. Negro.
   Olhei, tão de perto que não consegui focar. Na ausência de detalhes e contrastes, admirei as cores. Na ausência delas, sofri.
   Na sua ausência, vi que não eram tão belas.